9ª edição contou com Moch Of Doom, Warsaw, Oioai e Luke Francis.
A fila para adquirir ingresso ia ainda longa e o palco já tinha sido "tomado de assalto" pelos representantes do Thrash Metal marcoense "Moch Of Doom". O negro tomava conta do recinto e o headbanging era uma constante, sempre acompanhado do já habitual moshe. Temas como "Peace, Love, Rock & Roll", "Top Model Maniac" e "Fury My Fury", levaram ao rubro os presentes, a maioria deles muito jovens, mas já com muita energia para transmitir à banda. Mais um grande concerto destes jovens músicos que a cada concerto que passa vão dando provas de uma evolução enorme e de uma paixão muito intensa pelo metal.
Terminada a actuação dos "Moch Of Doom", e já com o recinto cheio, chegava a hora da segunda banda da casa, a mais esperada da noite. Os "Warsaw" já nos habituaram a grandes concertos e este não foi excepção. "Sou Aquilo Que Faço" deu inicio a uma actuação que contou com novos temas como "Palavra" (que teve a sua estreia ao vivo) e "Adeus", por entre os êxitos mais antigos, como "Peste", "Heresia Sentimental" e "Sozinho". Para terminar, o já habitual "Eu Vou" serviu para gastar as últimas energias, sendo rematado com "Blitzkrieg Pop", grande sucesso dos "Ramones". De destacar também a interpretação muito própria de "Love Will Tear Us Apart" dos "Joy Division" de Ian Curtis, influência marcante na banda. Os "Warsaw" dão aquela sensação fantástica de que falta muito pouco para verem reconhecido o seu valor e para serem descobertos pelos "patrões" da música nacional.
Quem não beneficiou do grande concerto da banda marcoense foram aqueles que supostamente seriam os cabeças de cartaz, os lisboetas Oioai. Mesmo assim, após se apresentarem, deixaram bem claro que isso não os incomodava, congratulando os jovens músicos pela grande actuação, na voz do seu vocalista Pedro Puppe que ainda fez questão de evidenciar a "grande pinta" dos mesmos. Esses mesmos que lhes deixaram a casa desfalcada. Mesmo assim a banda lisboeta teve uma actuação bastante conseguida, com os êxitos "Jardim das Estátuas", "Pertencer" e "Deves Estar A Chegar", ou mesmo o mais recente "Fortaleza de Pedra" a serem cantados em uníssono pelo público presente. Os Oioai primam pela simplicidade de procedimentos, o que consegue ser bastante refrescante para quem está habituado a sonoridades mais elaboradas e complexas. Um bom concerto, mas que deixou a impressão que só com bandas da terra o sucesso do festival estaria garantido.
Para finalizar, chegava a hora da já obrigatória música electrónica, com a actuação de mais "prata da casa", desta vez representada pela jovem promessa "Luke Francis". Boa resposta do público que resistiu às baixas temperaturas, o que denota uma já representativa legião de seguidores do jovem Disk Jockey.
Não posso terminar este artigo sem deixar de referir e valorizar a coragem de um tal de "John Edward", que ocupou o tempo morto entre o concerto dos "Warsaw" e dos "Oioai" e que surpreendeu tudo e todos com a sua boa voz.
E foi assim mais uma edição deste festival, novamente bem sucedida, restando apenas torcer para que se mantenha por muitos e longos anos, com a força de sempre, e com o nome de sempre: "BACK TO SCHOOL FEST".
Pontos positivos:
Como já foi referido, as grandes actuações das bandas marcoenses que conseguiram encher a casa, mesmo com o preço relativamente alto para o público-alvo deste festival;
Pontos negativos:
Se querem ter alguém a apresentar as bandas ou a entreter o público, escolham melhor quem o faz, pois já ninguém aguenta as brejeiras "músicas de faculdade"; o preço das entradas, se realmente necessário, deveria ter mais em conta o público que assiste ao festival;
"Keep On Rockin'..."
Tiago JAYMZ Oliveira
